A cidade de Santa Cruz do Sul, polo econômico do Vale do Rio Pardo a 170 quilômetros de Porto Alegre, é a mais nova parceira do Instituto Cidade Segura. Nesta quarta-feira (6) foi firmado o termo para implantação do Pacto Pela Paz no município em evento que contou com a presença de representantes de diversas áreas e instituições ligadas a segurança pública, justiça, educação e saúde. Depois de Pelotas e Lajeado, Santa Cruz é a terceira cidade gaúcha a implantar a estratégia de segurança pública que tem como objetivo engajar toda sociedade na construção de um programa de prevenção baseado em evidências, integração e inteligência, com foco em crianças e jovens e suas respectivas famílias. A ideia do Pacto pela Paz é agir em dois eixos, tanto na aplicação da lei, para combater o crime, mas também na prevenção, alcançando as populações mais vulneráveis com ações planejadas nas áreas de educação, saúde, esporte, cultura e desenvolvimento social.
Para o diretor-executivo do Instituto Cidade Segura, Alberto Kopittke, a administração da prefeita Helena Hermany dá um passo importante e corajoso ao assumir a parcela de responsabilidade do município na segurança pública. “Vamos trazer a Santa Cruz estratégias consolidadas internacionalmente, mas não como uma receita pronta, mas sim como inspiração. Vamos engajar a sociedade em torno do Pacto, pois para isso serve a política, para unir e aproximar. Portanto, a liderança política da prefeita é fundamental”, frisou.
A prefeita Helena Hermany se mostrou muito entusiasmada com a implantação do Pacto Pela Paz Santa Cruz do Sul, que segundo ela, vai atingir mais de 14 mil famílias da cidade com os programas de educação socioemocional que também serão aplicados pelo Instituto Cidade Segura. A prefeita também fez alusão ao sucesso do Pacto Pelotas Pela Paz, que atingiu expressivos resultados na redução da violência. “Eu vi recentemente que a prefeita Paula Mascarenhas plantou 161 mudas de flores em homenagem às vidas salvas pelo Pacto. Todos sabem como eu gosto de uma cidade bem cuidada, então vamos transformar Santa Cruz em um imenso jardim com as flores das vidas que iremos salvar”.
Já o secretário de Segurança e Mobilidade Urbana, Everton Oltramari, citou os altos números da violência no país relacionados a assassinatos, consumo de drogas e violência doméstica para alertar que o país “vive uma epidemia de violência”. Ele também ressaltou que as facções criminais já não atuam somente nas capitais e regiões metropolitanas, mas que já são uma realidade em cidade do interior como Santa Cruz do Sul. “Mas temos exemplos inspiradores a seguir, tanto no exterior como aqui no Brasil. Cidades que assumiram essa responsabilidade e conseguiram vencer a guerra contra a violência.”
A partir da assinatura do Pacto, agora serão dados os próximos passos. O primeiro deles é uma pesquisa de vitimização que buscará traçar um perfil mais claro da criminalidade na cidade, pois muitas vezes os indicadores oficiais não refletem completamente a realidade em função da subnotificação. A pesquisa ajuda a compreender a sensação de segurança e os crimes que mais perturbam a sociedade. Também serão realizados encontros individualizados com entidades e orgãos de justiça e segurança para conhecer a realidade local, saber dos programas em andamento e como podem colaborar nas próximas etapas.