O Instituto Cidade Segura foi o convidado para debater o tema.
A superação do atual modelo de segurança pública e o uso da ciência para combater a violência guiaram os debates no segundo dia da Semana de Avaliação de Políticas Públicas do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul (TCE).
Nas últimas décadas o uso de evidências cientificas mudou a forma de se fazer Segurança Pública.
Falando para um público formado por gestores, professores, profissionais e pesquisadores, Kopittke apresentou os resultados do uso de evidências nas estratégias de segurança no Brasil: “O modelo tradicional de segurança que é reativo, desintegrado, sem foco e não usa evidências científicas tornou-se obsoleto em todo o mundo, desde os anos 1970. A partir dos anos 90, o novo paradigma, da segurança com base em evidências, emergiu, o que permitiu fez as políticas de segurança se tornarem muitos mais efetivas e eficientes em todos os países onde vem sendo aplicado. O Brasil precisar conhecer essa mudança de paradigma”, explicou.
Já Marcos Rolim palestrou sobre como medir violência e crime, mostrando a necessidade do Brasil contar com base de dados confiáveis na área, aliando accountability, transparência, evidências científicas e sistemas de monitoramento e avaliação.
Rolim mostrou alguns dos desafios a serem superados na área, a começar pela definição do que são indicadores de eficiência das polícias deixando de priorizar indicadores meio e passando a priorizar indicadores finalísticos, como a redução da violência . “Todos os indicadores de eficiência da Brigada Militar e da Polícia Civil disponibilizados no site da Secretaria de Segurança Pública quantificam apenas atividades-meio, como apreensão de drogas e prisões. Nenhum deles permite saber, de fato, se as ações estão funcionando”, sustentou.
Marcos Rolim ainda apresentou o conteúdo do Projeto de Lei da Transparência na Segurança Pública, elaborado pelo ICS e apresentado por Deputados de diversos Partidos na Assembleia Legislativa.
Mediadora do painel, a professora e pesquisa da UFRGs Marilia Pitta Ramos, falou sobre a necessidade de avaliação das políticas públicas. “É uma etapa crucial pois nos permite saber uma intervenção governamental está funcionando ou não e se o recurso público está sendo bem gasto.
